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“Sou mãe de autista” E o que mais?

É muito comum que alguns pais, ao se depararem com um diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista de um filho, mudem drasticamente sua vida, muitas vezes abrindo mão de outras coisas, antes importantes, para poder se dedicar à descoberta desse novo mundo. E assim, dia após dia, suas relações sociais vão se tornando majoritariamente ligadas a isso, as mídias de entretenimento que você consome são voltadas a esse tema, os livros que você lê são sobre esse tipo de vivência, etc.

 

No caso das mães, que, culturalmente, são bem mais cobradas que os pais e fortemente associadas a uma figura específica de cuidado e de renúncia de si, essa experiência pode ser ainda mais intensa e, por vezes, dolorosa. Estudos afirmam que mães de crianças no espectro enfrentam altos níveis de estresse e possuem um maior risco de desenvolver problemas de saúde mental que mães e pais de crianças fora do espectro. Ainda assim, a maioria das intervenções voltadas a esse público são focadas no desenvolvimento de habilidades parentais e não em seu bem-estar, sendo, portanto, focadas na criança e não nas experiências subjetivas desses pais (LUNSKY et al., 2017; SAMILI et al., 2019).

 

Então, a “mãe de autista” é vista como aquela que deve cumprir, em tempo integral, o papel de cuidadora, enfrentando, assim, sobrecarga emocional e lidando com diversos sentimentos difíceis, como o de insegurança, medo e culpa. Podemos pensar sobre essa questão com a Terapia de Aceitação e Compromisso, cujo objetivo principal é a flexibilidade psicológica, isto é, a capacidade de aceitar suas experiências privadas (pensamentos, sentimentos, emoções), mesmo que desagradáveis, e caminhar ao encontro daquilo que é importante/valoroso para si através do compromisso com ações necessárias à esse percurso. Dentre os seis processos envolvidos no desenvolvimento da flexibilidade psicológica há a fusão cognitiva, ponto fundamental para refletirmos sobre como temos guiado nossas ações. Tal conceito diz respeito a estar “preso” a pensamentos, sentimentos e/ou emoções, tomando-os como verdadeiros, como fatos reais e, muitas vezes, assumindo-os como guias de nossas ações.

 

Toda palavra que conhecemos carrega uma série de implicações. Quando alguém nos conta qual a sua profissão, por exemplo, provavelmente imaginamos sobre a pessoa várias coisas que relacionamos a esse determinado tipo de trabalho, seja por uma experiência própria anterior, seja pelo relato de terceiros. Quando falamos sobre nós mesmos, também assumimos alguns conceitos prévios, até porque a forma como aprendemos a nos definir é de origem social (SKINNER, 2006). Nomeamos nossas experiências internas a partir das definições da nossa comunidade verbal. Dessa forma, se ao longo da nossa vida ouvimos que ter um filho com transtorno do espectro autista implica em uma série de sacrifícios, de grandes esforços e diversas dificuldades, quando, de repente, recebemos um diagnóstico de uma criança no espectro, retomamos todos esses pensamentos e os sentimentos relacionados a estes. Você já se viu em uma situação parecida? Você tem agido de acordo com a sua experiência, considerando seu contexto, sua rede de apoio, sua rotina, seus valores, seus planos, etc., ou tem agido de acordo com as crenças impostas pela cultura sobre parentalidade e sacrifício/apagamento de si? Você lembra a última vez que fez algo por você?

 

Nossos pensamentos e os significados das palavras que usamos para nos definir não são fatos, não implicam em uma experiência específica e homogênea. A parentalidade, claro, tem seus desafios. Cuidar, orientar e proteger outra vida pode não ser nada fácil. Quando, além das dificuldades comuns desse processo, nos deparamos com uma situação que requer cuidados ainda mais específicos, o desafio pode ser maior, mas não precisa ser limitante, pesado, solitário… A experiência de ser mãe de uma criança com TEA é única e cada pessoa precisa descobrir sua melhor forma de vivenciá-la. Os pensamentos relacionados a isso não precisam definir como vai ser sua vida. Talvez faça mais sentido dizer que ser mãe de uma criança no espectro é uma das facetas que lhe compõe. Que tal tirar um tempinho para tentar se conectar (ou reconectar) com outras partes de você? Isso não é sobre faltar como mãe, é sobre aprender a se acolher em suas diversas dimensões e exercitar também o cuidado de si.

 

LUNSKY, Yona; FUNG, Kenneth; LAKE, Johanna; STEEL, Lee; BRYCE, Kelly. Evaluation of Acceptance and Commitment Therapy (ACT) for Mothers of Children and Youth with Autism Spectrum Disorder. Mindfulness, v. 9, 2017. Disponível em: Evaluation of Acceptance and Commitment Therapy (ACT) for Mothers of Children and Youth with Autism SpectrumDisorder | SpringerLink

 

SALIMI, Masoumeh; MAHDAVI, Abed; YEGHANEH, Shahrbanoo Sepehr; ABEDIN, Maryam; HAJHOSSEINI, Mansoureh. The Effectiveness of Group Based Acceptance and Commitment Therapy (ACT) on Emotion Cognitive Regulation Strategies in Mothers of Children with Autism Spectrum. Maedica – A Journal of Clinical Medicine, Tehran, v. 14, n. 3, 2019.

 

SKINNER, Burrhus Frederic. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 2006.

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