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O que eu fiz de errado quando ele nasceu?

Essa é uma pergunta recorrente entre as famílias quando se deparam com uma possibilidade diagnóstica de TEA, frequentemente atravessado por culpas e dúvidas que nem sempre recebem as respostas que acalmam o coração materno/paterno. Quando externalizam, encontram palavras de conforto de amigos e familiares, e quando é guardado para si, também já deve ter visto algum tipo de texto ou material que tentasse gerar algum tipo de acolhimento e conforto. Entretanto, a interrogação permanece lá no fundo e ecoando.

Acolhimento, suporte e apoio são aspectos fundamentais para enfrentar qualquer tipo de situação, da mais fácil a mais difícil, porém eles não têm o poder de mudar uma situação pelo simples fato de existir. As dúvidas vêm em decorrência de incertezas e inseguranças e nesse caso também de situações passadas. Não se trata de um processo “simples e claro”, como torcer um pé e engessar, em que temos total conhecimento da relação de causa e efeito dos eventos. Falamos aqui sobre o tempo de gestação, nascimento, crescimento, desenvolvimento, atenção, envolvimento e dedicação, é um processo longo que possui uma grande carga emocional e logo é possível ver de onde vem a ideia da culpa.

Apesar de apontar rapidamente para a origem desse sentimento, ainda não podemos dizer ter atingido a “causa” por completo. Para isso precisamos falar sobre a grande responsabilidade que a maternidade é carregada, como Lopes (2017, p7) destaca comentando sobre a grande regulamentação, controle e julgamento que passa a existir sobre a mulher, desde a gestação com alimentação, hábitos e decisões até o processo de educação do filho. A mãe sofre com a culpabilização e encontra em si mesma a origem do quadro, se questiona sobre ter sido suficiente para gerar uma criança saudável (Colesante et al, 2015).

Não há dúvidas sobre o peso que se carrega na história, mas vista a situação vale ressaltar o que comentamos antes sobre a falta de clareza na relação de causa e efeito quanto a todo o processo. Por mais que hoje o autismo seja considerado como um quadro biológico, ainda não é clara a origem do transtorno, sua etiologia ainda é coberta de dúvidas. Dessa forma trago o questionamento, como manter a responsabilidade sobre algo que está além de qualquer tipo de conhecimento atual? Era possível acertar algo que não estava à vista? Como vem o peso de tudo sobre você? É justo pensar em tudo realmente como uma culpa? No fim das contas, dá para saber se realmente foi feito algo errado?

É comum que muitas vezes sem se dar conta, os pais encontram-se num ciclo de angústia permeado por autocríticas. Aqui, gostaria de destacar que mais importante do que obter respostas para tais perguntas é a adoção de uma postura de autocompaixão, aqui definida como reconhecimento da sua humanidade e da possibilidade de cometer falhas. Aceitar o fato de que vocês passam por muito estresse e desgaste emocional, aceitar a possibilidade de um cenário em que essas perguntas permanecem abertas e que vocês não têm controle algum sobre isso. Já aconteceu, é passado. Por outro lado, no presente vocês podem ser plenamente capazes de assumir as rédeas da situação e construir um ambiente/convívio que seja valoroso tanto para o/a filho/filha quanto para os pais.

 

LOPES, Bruna Alves. Autismo e culpabilização das mães: Uma leitura de Leo Kanner e Bruno Bettelheim. http://www. en. wwc2017. eventos. dype. com. br/resources/anais/1503543977_ARQUIVO_AUTISMO-E-CULPABILIZACAO-DAS-MAES-UMA-LEITURA-DE-LEO-KANNER-E-BRUNO-BETTELHEIM. pdf>. Consultado em, v. 25, n. 10, p. 2019, 2017. LEITE, Maria Francilene et al. Impacto na vida de mães cuidadoras de crianças com doença crônica [Impact on mothers’ lives of caring for children with chronic illnesses]. Revista Enfermagem UERJ, v. 23, n. 4, p. 501-506, 2015.

 

Sobre o autor: Pedro Rezende (CRP:11/16462), psicólogo clínico formado pela Universidade de Fortaleza

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