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Não sei o que fazer quando meu filho se desorganiza

O Transtorno do Espectro Autista se apresenta de forma complexa e diversa e, por isso, pode gerar muitas dúvidas e angústias aos cuidadores das pessoas que se enquadram no TEA. Dentre suas diversas dimensões, há uma que se destaca como uma das grandes preocupações dos familiares: as crises. Muitos acreditam que estas, se tratam de birras, tentativas de manipulação e até mesmo má criação, mas esse assunto é muito mais delicado do que parece à primeira vista. Por mais que na birra e na crise as pessoas possam manifestar comportamentos parecidos, seus antecedentes e funções são completamente diferentes. Enquanto as birras estão relacionadas a um objetivo específico, como chamar atenção, ganhar algo que lhe foi negado, etc, as crises, comumente enfrentadas por pessoas autistas, são, na verdade, resultado de uma possível sobrecarga sensorial e/ou emocional e trata-se, portanto, de um momento de desregulação/desorganização.

 

Durante uma crise, é possível que a pessoa apresente comportamentos repetitivos, como balançar a mão, morder a si mesma ou outras pessoas e até bater a cabeça na parede, além de demonstrar emoções intensas que podem ser percebidas através de gritos e choros. Ao se deparar com uma situação desse tipo, principalmente quando ela ocorre fora do ambiente familiar, os cuidadores, muitas vezes, se assustam e ficam sem saber como agir, e, consequentemente, tendem a agir de maneira inadequada, assim, como se afetarem emocionalmente com a situação. A dificuldade de compreensão da situação, o medo do julgamento externo e a sobrecarga emocional inerente à situação acabam dificultando o manejo da crise e o sentimento de impotência se sobressai. Reconhecer seus limites, trabalhar a aceitação e buscar orientações que o possibilitem gerir um momento de crise do seu filho de forma eficaz é o primeiro passo para lidar com essa questão.

 

O autismo, como sabemos, é um transtorno do neurodesenvolvimento e tem como características principais os déficits na comunicação e na interação social, além de padrões repetitivos e restritivos de comportamento, bem como alterações na sensibilidade a estímulos sensoriais, podendo haver hipersensibilidade a sons, luzes, etc. Dessa maneira, é comum que determinados ambientes e situações possam ser mais difíceis de serem encarados por uma pessoa autista. Isso significa que lugares com muitos estímulos visuais e auditivos podem desencadear situações de desregulação. Isso nos dá algumas pistas para pensarmos em como agir quando as crianças se desorganizam.

 

Estar atento ao ambiente em que estamos e a forma como a criança reage é uma estratégia muito eficaz pois nos possibilita identificar prováveis desconfortos e sobrecargas antes que se tornem um problema maior, podendo, assim, prevenir a desorganização oferecendo ferramentas que a auxiliem a passar por aquele momento. Um exemplo comum é o uso de fones de ouvido para diminuir o som de determinados espaços como shoppings, praças e restaurantes. É importante frisar também que cada criança vivencia o autismo de forma única, o que significa que o que pode ser gatilho para um, não necessariamente é para outro, então é preciso conhecer as demandas específicas de seu filho para que essa prevenção seja mais efetiva. Não é preciso privar a criança ou a família do convívio social nem de situações difíceis e desafiadoras, nosso objetivo deve ser oferecer condições para que ela possa vivenciar esses momentos de uma forma tranquila, sempre incentivando a adaptação e a autonomia.

 

Quando não for possível o manejo anterior à crise e ela estiver em curso, procure identificar os possíveis antecedentes desencadeadores e faça as alterações ambientais necessárias, mas, antes de tudo, é preciso ter em mente que aquele momento é passageiro e que não é possível controlar tudo. Buscar as orientações da equipe de profissionais que acompanha seu filho, se engajar nas intervenções propostas, reconhecer e aceitar suas limitações e exercer a autocompaixão é indispensável. Ao longo do tempo, conforme você vai conhecendo sua criança e todas as suas particularidades, esse processo vai ficando cada vez menos difícil.

 

REFERÊNCIAS

 

CASTANHEIRAS, M. C. Perturbação do Espetro do Autismo: Estratégias de intervenção em situações de crise de agressividade protagonizadas por crianças com PEA. Pós-graduação em Educação Especial: Domínio cognitivo e motor. Escola Superior de Educação Paula Frassinetti. Porto, 2016.

 

Autora: Vanessa Amarante de Souza, CRP 11/17129. Psicóloga clínica formada pela Universidade Federal do Ceará com experiência de atuação em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Terapia de Aceitação e Compromisso.

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