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O que fazer quando meu filho fica chorando?

Na nossa cultura, sentimentos, emoções e a forma como as expressamos nem sempre são bem encaradas, muito menos compreendidas. Tudo aquilo que foge daquela imagem de perfeição, de “energia boa”, bom humor e gratidão, conhecida e ovacionada principalmente nas redes sociais, é visto como negativo. Para compreender como isso afeta a relação entre a criança autista e sua cuidadora, é necessário dizer que os sentimentos e as emoções estão relacionados a reações do nosso corpo frente às nossas experiências e alteram a nossa probabilidade de ação, mas o que isso quer dizer?

 

É normal que, no dia a dia, as pessoas sintam raiva, tristeza, alegria, medo, dentre outras coisas. Esses sentimentos dependem diretamente do que acontece ao nosso redor. Por exemplo, quando uma criança que estava brincando tem o objeto que estava usando tomado de suas mãos por alguém, seja um colega ou um familiar, ela tende a ficar irritadiça, trêmula, com batimentos cardíacos mais acelerados e fica mais propensa a agir de forma agressiva, ou seja, a forma como ela se sentiu teve uma relação direta com o seu ambiente.

 

Como falado no início, emoções negativas e suas expressões nem sempre são compreendidas e aceitas como algo natural que merece atenção e cuidado, e com o choro não é diferente. É comum que, ao ver uma criança chorar, imediatamente se diga “não chore” ou “não precisa chorar”, geralmente na tentativa de evitar o desconforto de lidar com a situação e, muitas vezes, ignorando completamente a função daquele comportamento. O choro também é uma forma de expressar aquilo que é interno, ou seja, o que sentimos, pensamos, lembramos. Quando estamos sobrecarregados, frustrados, machucados física ou emocionalmente, decepcionados, etc, nós choramos. Assim, pode-se dizer que o choro, geralmente, está relacionado ao sofrimento. No caso de crianças autistas, a condição é a mesma. Por serem pessoas com uma sensibilidade diferente, especialmente no que diz respeito a estímulos sensoriais, as emoções podem ser sentidas de forma ainda mais intensa e recorrente.

 

Ao pensar sobre esse tema, é indispensável falar sobre regulação emocional. Esta é a habilidade de compreender a experiência emocional vivida, aceitá-la e recorrer a estratégias saudáveis para lidar com as mesmas. O choro, por si só, já é uma forma de autoregulação. Pesquisas apontam que ele produz uma espécie de analgésico natural pois libera hormônios no organismo que são responsáveis pela sensação de bem-estar, como a endorfina e a ocitocina, aliviando assim sentimentos e emoções dolorosas.

 

Portanto, por mais assustador, desconcertante e desconfortável que possa parecer de início, o primeiro passo para lidar com o choro do seu filho é aceitando-o e reconhecendo sua função reguladora. Algumas vezes é preciso identificar o que está provocando o sofrimento e fazer alterações ambientais para remover ou minimizar seu efeito, isso porque é comum que esteja relacionado a barulhos altos, muita informação visual, falta de previsibilidade, frio, calor, dentre outras coisas que dizem respeito às particularidades da pessoa autista. É fundamental que você procure acolher e validar essa experiência, demonstrando abertura para entender o que está acontecendo e oferecendo o suporte possível. Nem sempre é possível se antecipar ou mesmo identificar o que está provocando o sofrimento e, por isso, é preciso que você também mantenha a calma para permitir que seu filho se autorregule. É importante buscar orientações da equipe que o acompanha para identificar estratégias de seu repertório comportamental que sejam saudáveis, é possível introduzir e treinar novos modelos de autorregulação. Lembre-se que, assim como você, seu filho também sofre e lidar com a dor é uma habilidade humana que pode ser desenvolvida com apoio e ajuda especializada.

 

REFERÊNCIAS

 

LEAHY, R. L.; TIRCH, D., NAPOLITANO, L. A. Regulação emocional em psicoterapia. Artmed, 2013. SOUZA, T. L. C.; ALVARENGA, P. Contribuições da análise do comportamento para a compreensão da socialização emocional infantil. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, v. 26, n. 3, p. 379-392, 2018.

 

Autora: Vanessa Amarante de Souza, CRP 11/17129. Psicóloga clínica formada pela Universidade Federal do Ceará com experiência de atuação em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Terapia de Aceitação e Compromisso.

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