• Home
  • Autismo
  • O instituto
  • Estrutura
  • Terapia ABA
  • Consultoria
  • Blog
Menu
  • Home
  • Autismo
  • O instituto
  • Estrutura
  • Terapia ABA
  • Consultoria
  • Blog
Facebook-f Instagram Linkedin-in
Contato
  • Autismo
  • O instituto
  • Estrutura
  • Terapia ABA
  • Consultoria
  • Blog
  • Contato
Menu
  • Autismo
  • O instituto
  • Estrutura
  • Terapia ABA
  • Consultoria
  • Blog
  • Contato
Facebook Instagram Linkedin Envelope

<< Voltar para o BLOG

Quando o mundo lhe parece alheio

Como você se vê diante do mundo? Talvez se perceba distante ou alheia ao que não se refere ao autismo. São tantas preocupações e cuidados com o seu filho ou a sua filha que nada mais parece ser tão importante quanto isso. Ou até tenta conversar sobre outros assuntos e ter um tempo para si – fazendo algo novo ou retomando um hobby – mas encontra muita dificuldade para isso. Parece que sempre há uma força te puxando de volta.

É comum encontrar famílias de crianças ou adolescentes do espectro autista, principalmente as mães, que se percebem restritas somente a esse mundo. Por vezes, a maternidade ou a paternidade parece ser a única identidade que você possui. Não há mais espaço para ser o cônjuge ou o amigo, por exemplo. Esquece-se de si mesmo e de suas necessidades pelo bem maior. No entanto, isso pode ser bastante desgastante quando não há um momento de respiro. Quando apenas um papel é exercido, é natural que com o tempo haja um desgaste, e você se sinta sem energia ou estressada com a rotina.

Às vezes, pode vir um sentimento de culpa ou autocrítica quando a vontade é ficar deitada por mais cinco minutos na cama ou quando você perde a paciência com o seu filho. Se sente como a pior mãe ou pai do mundo. Então, provavelmente, você se cobra mais em relação aos cuidados e a rotina com o seu filho. Com isso, cada vez mais se sente alheio a outros assuntos, pessoas e atividades que não sejam voltados ao autismo.

Entretanto, que tal observar como o seu corpo e a sua mente estão reagindo à rotina por outro ângulo? Vamos deixar as críticas e culpas em segundo plano só por alguns instantes e olhamos para o que está aí. O que você tem sentido falta? O que você gostaria de fazer que ainda não teve a oportunidade para fazer? Que outras coisas ainda lhe são importantes, mas não teve tempo para elas? Anote todas as suas respostas e pense o que poderia te ajudar – nem que fosse um pouquinho – a se aproximar de cada uma delas. O objetivo neste momento é apenas registrar o que tem sentido falta sem julgamentos, e o que poderia ser feito para alcançá-lo.

Depois disso, escolha dentre todos os itens anotados qual você gostaria de começar a colocar em prática. Talvez seja cuidar dos cabelos ou ler um livro. Conversar com uma amiga ou ter um momento romântico com o seu companheiro. Sinta-se à vontade para escolher aquilo que você quer priorizar. Após a sua escolha, iremos para as etapas seguintes: se programar e buscar a sua rede social de apoio. Essas duas etapas são importantes para diminuir a possibilidade de desistir desse momento de autocuidado em razão da culpa.

Para se programar, observe a sua rotina. Quais são os momentos que você percebe que são mais tranquilos ou menos intensos? Antes de o seu filho acordar ou depois de dormir? Quando ele está na escola ou na casa dos avós? É comum esses momentos serem usados para outras responsabilidades, como as tarefas domésticas, e nem se lembrar de que pode ser um tempo para se cuidar. Você também pode se perguntar que atividades você pode antecipar para ter mais tempo para si. Talvez cozinhar o almoço da semana e deixar congelado já seja de grande ajuda. Identificando esses intervalos, você pode experimentar quais são os momentos mais adequados para o que você definiu. Não precisa ter um tempo muito longo se essa não é a sua realidade. Talvez cinco ou 10 minutos do seu dia já seja o suficiente para começar.

Agora pense na sua rede social de apoio que são aquelas pessoas que podem te dar suporte. Às vezes, é um familiar ou um amigo. Alguém que já se dispôs a te ajudar ou que já te ajuda quando necessário. Talvez você pense que é desnecessário ou que não quer incomodar ninguém, mas há pessoas ao seu redor que se importam com você, que querem te ajudar nem que seja um pouquinho. Para elas, você também é importante. A ajuda delas pode ser diretamente relacionada aos cuidados com o seu filho ou com a casa. Até mesmo com assuntos do seu trabalho, caso você ainda tenha que trabalhar. Esteja aberta a sua rede de apoio.

No entanto, há casos em que talvez essa parte seja difícil, já que nem sempre temos essa rede bem definida, mas aqui também se enquadra os profissionais e os grupos de apoio às famílias. O acolhimento e o suporte emocional recebidos nesses momentos também podem ser vistos como o seu momento de autocuidado. Também é uma possibilidade para conversar sobre outros assuntos que não esteja relacionado ao autismo, como filmes que você gosta ou viagens inesquecíveis.

Por fim, voltar o seu olhar para si mesmo é um exercício consciente, pois muitas vezes você pode pensar que é desnecessário, que não tem tempo ou que é egoísmo. Então, é necessário praticar o autocuidado em meio às próprias críticas porque elas serão constantes, tentando lhe tirar desse momento que também é importante. E é importante porque você também merece ser cuidada, a sua vida também é valiosa. Se você ainda não enxerga assim, olhe para o que você faz por seu filho. O amor, a proteção e o cuidado que ele recebe vem de você. Você é importante para ele. Se cuidar também é um ato de amor por seu filho ou filha.
REFERÊNCIAS

SMEHA, Luciane Najar; CEZAR, Pâmela Kurtz.A vivência da maternidade de mães de crianças com autismo.Psicologia em Estudo, Maringá, 16 (1): 43-50, 2011.

ZANATTA, Elisangela Argenta; MENEGAZZO, Ediane; GUIMARÃES, Andréa Noeremberg; FERRAZ, Lucineia; MOTTA, Maria da Graça Corso da.Cotidiano de famílias que convivem com o autismo infantil.Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, 28(3): 271-282, 2014.

Sobre a autora: Ana Patrícia Freire (CRP 11/13449) é psicóloga clínica, formada pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. Atua com a Terapia de Aceitação e Compromisso.

Receba novidades do Instituto Sintonia

* Fique tranquilo não enviaremos spam. ;)

Endereço

R. Viscondessa de Campinas, nº 58
• Nova Campinas Campinas/SP
• CEP: 13092-135

Expediente

Seg – Sex:
07h30 • 18h30

Trabalhe conosco

sintonia@institutosintonia.com

Siga-nos

Curta nossa página

Acompanhe

Fale com a gente!
Fale com a gente!